os espinhos das rosas é que nos mantêm despertos
saudade de adormecer, mas
os espinhos das rosas
os espinhos
da rosa
o sangue da carne
vermelho
como as rosas
a minha rosa
os espinhos
acordam-me
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quinta-feira, 20 de setembro de 2012
por
Sofia
on
quinta-feira, setembro 20, 2012
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poemas
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Sofia Raposo de Almeida
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quarta-feira, 22 de agosto de 2012
por
Sofia
on
quarta-feira, agosto 22, 2012
Peço o silêncio,
silêncio da noite,
dos dias,
silêncio como
palavras,
coreografias,
escondidas, suaves,
caminhos
respirados, apagados,
lábios pousados nos ninhos
rasgados
das aves
feridas.
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poemas
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Sofia Raposo de Almeida
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terça-feira, 17 de julho de 2012
por
Sofia
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terça-feira, julho 17, 2012
rios
o primeiro é subterrâneo e não tem pai
o segundo larguei-o no mar
o terceiro morreu no deserto
o quarto sobe para o céu
como cascata invertida
e não tem Pai
nem Mãe
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poemas
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Sofia Raposo de Almeida
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quarta-feira, 9 de novembro de 2011
por
Sofia
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quarta-feira, novembro 09, 2011
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Sofia Raposo de Almeida
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domingo, 16 de outubro de 2011
por
Sofia
on
domingo, outubro 16, 2011
Ordo ab chaos
Both read the Bible day and night, but
thou read black where I read white.
William Blake
o caos é nosso filho
porque a ordem das coisas
vive na ponta de frágeis paus
mentiras insalubres e loisas
dancemos ordo ab chaos
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autores preferidos
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poemas
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Sofia Raposo de Almeida
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William Blake
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terça-feira, 28 de junho de 2011
por
Sofia
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terça-feira, junho 28, 2011
Que arco terá então lançado a seta
Que eu sou? Que cume pode ser a meta?
Jorge Luis Borges, in A Rosa Profunda
a tua alma apontada
na direção de um céu alvo
maior como seta
eu a vibrar por ser arco
retesado nos teus braços
e lançá-la certeira
no coração dos pardos
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a tua alma apontada
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autores preferidos
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Jorge Luis Borges
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poemas
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Sofia Raposo de Almeida
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domingo, 22 de agosto de 2010
por
Sofia
on
domingo, agosto 22, 2010
Âncora de carne
viva,
tensão-sangue.
E o mar
a crescer,
negro.
viva,
tensão-sangue.
E o mar
a crescer,
negro.
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poemas
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Sofia Raposo de Almeida
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por
Sofia
on
domingo, agosto 22, 2010
Um olhar
como sal
alheio, infante,
ferrado na pele da alma-
-amante,
mais do que vitral
não fere
desidrata remoto,
mural
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poemas
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Sofia Raposo de Almeida
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sexta-feira, 16 de julho de 2010
por
Sofia
on
sexta-feira, julho 16, 2010
O coração é
o tempo finito dos rios
vermelhos
Silencioso ruído
compasso em punho
fechado
Densidade permeável
em músculo-carne
apertado
Bebe da luz até à última
gota e pára
alucinado
o tempo finito dos rios
vermelhos
Silencioso ruído
compasso em punho
fechado
Densidade permeável
em músculo-carne
apertado
Bebe da luz até à última
gota e pára
alucinado
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Sofia Raposo de Almeida
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sábado, 28 de fevereiro de 2009
por
Sofia
on
sábado, fevereiro 28, 2009
de beber, vida
após vida
sem princípio nem fim
quando me quebra em maremoto
oxigena as células
da alma, fogo ignoto
quero lá saber a dor
se o espelho do céu
bojador
és tu
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poemas
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Sofia Raposo de Almeida
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domingo, 20 de setembro de 1992
por
Sofia
on
domingo, setembro 20, 1992
Se fosses uma ave, eras coruja, eu, um albatroz.
Se fosses um mamífero, eras um urso pardo, eu, uma orca.
Se fosses uma pedra, eras sílex, eu, berilo.
Se fosses uma cidade, eras Séforis, eu, Atenas.
Se fosses um elementar, eras furacão, eu, nascente.
Se fosses um instrumento, eras uma maça, eu, uma ânfora.
Se fosses um sentimento, eras fúria, eu, serenidade.
Se fosses uma árvore, eras um carvalho, eu, um teixo.
Se fosses um mistério, eras mirra, eu, canela.
Se fosses um aroma, eras bergamota, eu, sândalo.
Se fosses um metal, eras titânio, eu, magnésio.
Se fosses uma paisagem, eras Mauna Loa, eu, o Atlântico.
Se fosses um pensamento, eras precipício, eu, vôo.
Se fosses dois, eras tu, eu, o outro.
Se fosses uma casa, eras uma torre de menagem, eu, uma ruína.
Se fosses um impulso, eras traição, eu, ternura.
Se fosses um filósofo, eras Sartre, eu, Platão.
Se fosses um amante, eras cruel, eu, doce.
Se fosses humano, eras homem, eu, mulher.
Então diz-me? O que poderia ligar-nos? Perguntou o Hidrogénio ao Oxigénio.
Respondeu a Estrela: perguntem ao Mar.
Se fosses um mamífero, eras um urso pardo, eu, uma orca.
Se fosses uma pedra, eras sílex, eu, berilo.
Se fosses uma cidade, eras Séforis, eu, Atenas.
Se fosses um elementar, eras furacão, eu, nascente.
Se fosses um instrumento, eras uma maça, eu, uma ânfora.
Se fosses um sentimento, eras fúria, eu, serenidade.
Se fosses uma árvore, eras um carvalho, eu, um teixo.
Se fosses um mistério, eras mirra, eu, canela.
Se fosses um aroma, eras bergamota, eu, sândalo.
Se fosses um metal, eras titânio, eu, magnésio.
Se fosses uma paisagem, eras Mauna Loa, eu, o Atlântico.
Se fosses um pensamento, eras precipício, eu, vôo.
Se fosses dois, eras tu, eu, o outro.
Se fosses uma casa, eras uma torre de menagem, eu, uma ruína.
Se fosses um impulso, eras traição, eu, ternura.
Se fosses um filósofo, eras Sartre, eu, Platão.
Se fosses um amante, eras cruel, eu, doce.
Se fosses humano, eras homem, eu, mulher.
Então diz-me? O que poderia ligar-nos? Perguntou o Hidrogénio ao Oxigénio.
Respondeu a Estrela: perguntem ao Mar.
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Sofia Raposo de Almeida
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quarta-feira, 22 de agosto de 1990
por
Sofia
on
quarta-feira, agosto 22, 1990
Tombam as saudades
no vento que vem...
Trapos de luz em azul recortados,
Tenho os meus olhos cansados
de não ver o mar.
no vento que vem...
Trapos de luz em azul recortados,
Tenho os meus olhos cansados
de não ver o mar.
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Sofia Raposo de Almeida
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domingo, 20 de setembro de 1987
por
Sofia
on
domingo, setembro 20, 1987
Aquela ave estava rubra de (a)mar.
As suas asas batiam contra um rio de pedra, o corpo tremia, os olhos fechados.
Havia uma luz matinal, clara, por entre a chuva,
havia um canto no ar, doce ou azul, ou amargo.
Do vôo dos navios, sobrara um sulco profundo na pedra.
Nem vento, nem mastro, nem vela, apenas fundo.
Aquela ave, esta manhã, ardeu contra a pedra sulcada.
Dela, apenas sobraram cinzas ou a luz de um canto azul, ou doce, ou amargo,
como gritos ou rios de março,
pelo chão.
As suas asas batiam contra um rio de pedra, o corpo tremia, os olhos fechados.
Havia uma luz matinal, clara, por entre a chuva,
havia um canto no ar, doce ou azul, ou amargo.
Do vôo dos navios, sobrara um sulco profundo na pedra.
Nem vento, nem mastro, nem vela, apenas fundo.
Aquela ave, esta manhã, ardeu contra a pedra sulcada.
Dela, apenas sobraram cinzas ou a luz de um canto azul, ou doce, ou amargo,
como gritos ou rios de março,
pelo chão.
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rios de março
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Sofia Raposo de Almeida
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sábado, 22 de agosto de 1987
por
Sofia
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sábado, agosto 22, 1987
abrindo o corpo azul a este mar.
Estas, são as velas duras do meu barco,
cheias do rosto branco deste vento.
O barco desperta as águas
(e já nem choram pedras: choveram, até arder).
Agora, até as aves soltaram as asas,
como mãos, de encontro ao mastro alto.
Este é o meu barco, branco,
que acendeu o vento norte.
Agora,
até a delicada agulha da bússola estremeceu
e um novo rumo se inscreveu,
na luz matinal do meu corpo,
largando amarras do teu.
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Sofia Raposo de Almeida
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quarta-feira, 1 de outubro de 1986
por
Sofia
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quarta-feira, outubro 01, 1986
a respirar, nas minhas veias.
Como é azul, este corpo meu,
Como é azul, este corpo meu,
tão de água!
E a maré enche,
E a maré enche,
até quando?
Não suporto esse olhar, a arder
Não suporto esse olhar, a arder
da chuva,
quando o teu peito
quando o teu peito
pulsa, poro a
poro, na minha pele,
nem este silêncio de cada lágrima
nem este silêncio de cada lágrima
tua,
quando morro assim,
devagarinho,
o rosto contra esta espada,
mesmo assim:
o rosto contra esta espada,
mesmo assim:
deixa a maré vazar, algures,
na eternidade,
na eternidade,
eu volto.
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Sofia Raposo de Almeida
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